Coluna Lá em casa sobre Gastronomia e Hospitalidade
A partir deste mês de junho, eu assino uma nova coluna sobre gastronomia e hospitalidade chamada Lá em casa na Revista Regional, uma publicação da região de Itu, Indaiatuba, Salto e Sorocaba.
Agradeço essa oportunidade ao editor Renato Lima, que, muito generosamente, me abriu as “páginas” da revista.
Você deve estar se perguntando, mas o que tem a ver gastronomia com hospitalidade… Tudo! Nossa ideia é que, a cada mês, os leitores da revista, encontrem algumas dicas fáceis, simples e, por isso mesmo, valiosas sobre assuntos que fazem aquela diferença básica nas nossas vidas quando o assunto é bem receber. E comida, claro, não pode faltar.
Nessa primeira publicação, o tema escolhido para a coluna é pão! Atiçou a sua curiosidade? Não perca a chance de conhecer a revista ou, se preferir leia o texto na íntegra aqui no blog.
Para mim, é uma satisfação dupla escrever mensalmente na Revista Regional: escrever para os meus conterrâneos regionais sobre os assuntos que mais amo estudar. Só posso estar feliz!
Você já fez pão?
Fazer pão é como brincar um pouco de Deus. Não importa qual seja o seu preferido, o simples ato de transformar a farinha de trigo em alimento (e que alimento! o pão, o pão nosso de cada dia!) é uma satisfação divina. Dá uma sensação de plenitude que só quem já fez sentiu. Se nunca fizer, jamais saberá, então faça!
Escolhi batizar essa coluna falando de pão porque, muitas vezes, a panificação não é vista como gastronomia. Nem que é do meio se lembra. Por isso, sinto que é meu papel desmistificar a crença de que gastronomia é só aquela comida minimalista que se põe no meio de um enorme prato branco para ser fotografada e publicada numa página de revista ou no Instagram de gente famosa.
Um pão artesanal, de preferência feito com fermento natural, bem assado, dourado e com casca levemente tostada é a mais plena manifestação gastronômica que se pode encontrar.
Entre tudo que se pode produzir na cozinha, pães são líderes incontestáveis, de público e crítica. Não há quem não goste. Há quem não coma, mas quem não goste, nunca vi! Eles podem vir sozinhos, acompanham bem outros alimentos, dão sustentação a uma refeição, por exemplo, feita de salada e proteína e, mais que isso, pães são considerados alimentos sagrados para muitas civilizações. Nunca ouviu dizer que não se joga pão no lixo? Eu não jogo jamais.
Fazer pão é produzir algo palpável, saudável, cheiroso, apetitoso… uma dádiva!
Cresci vendo minha mãe amassando pão em casa. Ela ama cozinhar e o pão é uma de suas melhores expressões como cozinheira. Depois, fiz aula de panificação na faculdade de gastronomia e, desde então, leio tudo o que posso a respeito e vivo experimentando novas possibilidades.
Sabe o que penso sobre quem ensina a fazer pão? Égente de muita generosidade. Dizem que generosos são aqueles que se sentem bem em dividir um tesouro ou o tempo com os outros e nem pedem nada em troca. Nas aulas de pão, eu sinto aflorar essa generosidade, transbordar o entendimento entre as pessoas e, de quebra, o resultado é pão! Uma relação simples e bonita em forma de comida. Saber fazer pão é conhecer um mapa do tesouro, pode acreditar.
A partir desta edição, temos um espaço para falar sobre hospitalidade e gastronomia nessa coluna. Assunto não vai faltar porque esse é um vasto universo com dicas, receitas, sugestões, conceitos, críticas e, até, divagações. Se essa é uma paixão sua também, como é minha, aproveite. Vamos trocar muita figurinha por aqui. Um grande abraço e até breve!
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