Revista Bem Mulher, edição número 8
Ainda em tempo, antes que a próxima seja publicada (muito embora esse tipo de matéria não fique velha e atemporal assim tão rapidamente), o projeto Lá em casa pra jantar foi pauta na edição 8 da revista Bem Mulher. Para nossa alegria!!!
(Se preferir, leia aqui matéria na íntegra.
A seguir em mais informações)
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Gastronomia & Hospitalidade
Quer ir Lá em casa pra jantar?
Acompanhando a tendência da economia compartilhada e do marketing da experiência, o cenário ideal é a sala e a cozinha. São bem vindos os que gostam de comer bem, degustar um bom vinho e conversar por longas horas em volta da mesa.
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A ideia de receber pessoas desconhecidas para jantar em casa não é nova. A história da hospitalidade conta como se deu evolução no jeito de fazer isso. Há não muitas décadas as pensões das nossas avós foram as avós de projetos que hoje estão espalhados por todo o mundo e que as pessoas acessam por meio de aplicativos de celular como Eatwith, Dineer, Gnammo e tantos outros.
Para quem não conhece o conceito, um bom exemplo ocorre em São Paulo desde meados do ano passado é tem um nome bem apropriado já que se baseia na ideia de levar pessoas Lá em casa pra jantar.
O projeto navega na onda da economia compartilhada e o do marketing da experiência tendo como cenário a sala e a cozinha de um apartamento confortável no centro da cidade. São bem vindos amigos, amigos dos amigos, estrangeiros, gente jovem, velha e também crianças. A ideia é juntar gente para comer bem, pagando pouco e ainda ter a oportunidade de encontrar pessoas muito interessantes.
Todo mundo senta na mesma mesa e come o mesmo menu e esse é o momento em que ocorre a integração dos participantes. Quem recebe é o casal Cláudia e Silas, ela é a chef e ele um entusiasta da ideia de integrar gente. A comida ajuda porque a sequência dos pratos é pensada para ativar todos os sentidos, em especial, o paladar. Mas é mais que um projeto de gastronomia, é um projeto de hospitalidade!
Como funciona
A ideia é muito simples: a chef cria um menu (entradas, salada, prato principal e sobremesa), marca e divulga uma data. As pessoas fazem as reservas e no dia a casa deles vira uma espécie de restaurante gourmet, só que com preços mais baratos.
A bebida pode ser incluída ou não. Se o cliente preferir trazer o próprio vinho, eles sugerem o que harmoniza bem com os pratos e não cobram rolha, já que ir Lá em casa pra jantar, não é ir a um restaurante, é ter uma experiência diferente!
As vagas são limitadas e muito disputadas já que os jantares ou almoços ocorrem só uma vez por mês. Eles só garantem o atendimento das reservas feitas pelo e-mail laemcasaprajantar@gmail.com e que estiverem confirmadas, ou seja, pagas.
Bem receber
Quando os convidados chegam, os lugares estão marcados para que haja interação. Os casais lado a lado, como gostam os brasileiros. Na Europa isso não seria assim jamais! Mas por aqui, é marido e mulher, namorado e namorada, namorado e namorado, esposa e esposa gostam de comentar ao pé do ouvido… Por que não?
Faz parte do bem receber apresentar as pessoas, criar assuntos em comum, falar de temas agradáveis, mas nem precisa que tudo acontece naturalmente. O clima é tão amistoso que assim que todos se sentam à mesa, logo começa a falação.
A comida
Todo menu é pensado para gerar conversa e integração entre os participantes, isso é bem legal e ajuda muito. Mas como é possível usar a comida para esse fim? Tome o exemplo de uma entrada feita com crostinis.
Além do tradicional feito de tomate, também outras duas opções vão à mesa: caponatta pode ser um e outro bem diferentão para o paladar comum é o de patê de figado com maçã. Pronto! Todo mundo comenta sobre aquilo e aí, uma conversa puxa outra e assim a coisa anda. Afinal, quando se vai a um lugar que oferece coisas novas, a ideia não é provar? Melhor ainda é poder trocas impressões.
Comer e falar de comida, que prática deliciosa! Todo mundo gosta. E então, quase como mágica o assunto vira viagem, a louça usada no serviço, o jeito como cada um descobriu esse tipo de evento, os livros e filmes que cada um gosta… Não tem conversa atravessada.
Para fazer funcionar um projeto como esse é preciso preparar a casa para receber pessoas. Um exercício a ser praticado da forma mais elegante possível, nunca se esquecendo que é preciso aconchegar. E aí lá vão as melhores louças, copos, talheres, toalhas, ou seja, com o enxoval completo garimpado pela vida toda ou do baú da família, não importa. Tudo tem que ser delicadamente planejado.
A comida é um bom pretexto porque não há nada tão agregador quanto o sabor partilhado à mesa. A refeição que não é só alimento para o corpo, mas também para o coração, é aquela que tem alguém ao lado, contando um causo, rindo com você de alguma coisa, comentando fatos cotidianos ou o capítulo da novela.
>>> Serviço:
Laemcasaprajantar.blogspot.com ou informações por e-mail laemcasaprajantar@gmail.com
Há também uma página e um grupo Facebook. Acesse o grupo.
Patricia Andrade, 2a. edição:
“Olá Cláudia, hoje de manhã me lembrei do filme Festa de Babete …em como os convidados eram surpreendidos a cada prato que era servido, e em como, ao final, saíram todos felizes, confraternizados, fruto do encantamento produzido pela comida maravilhosa. Beijos e obrigada pelo jantar inesquecível”
Clara Colombo, 1a. edição:
“Sair pra comer em São Paulo tá caro. Quase todas as últimas vezes que eu fui em restaurantes saí com a sensação de que seria melhor ter comido em casa. E se você não sabe cozinhar em casa, tem gente que sabe. A Maria Claudia Gavioli sacou que os restaurantes tem deixado a desejar e resolveu convidar todo mundo que quiser pra ir lá na casa dela pra jantar. A Clau é jornalista, blogueira e agora também chef de cozinha. Ela criou o Lá em Casa pra Jantar, que é um evento que acontece mais ou menos uma vez por mês, com o menu pré definido. Existe um baita cuidado com a qualidade dos ingredientes, harmonização do vinho, quantidades, etc. Eu tive o prazer de ser cobaia da Clau na primeira edição do Lá em casa pra jantar e posso dizer com propriedade que vale o investimento. O valor cobrado é o mesmo de comer fora em São Paulo, mas com a garantia de uma comida caseira, saborosa e saudável. E você ainda come na mesa com um monte de gente diferente e desconhecida, que tem uma coisa em comum: acreditam na proposta do raio desgourmetizador. Garanto que o papo vai ser bom, e o paladar também.”
Receita do Lá em casa pra jantar
Sopa de pepino com hortelã e iogurte
Ingredientes
1 pepino picado
1 cebola pequena picada
1 colher (sopa) de azeite
2 1/2 xícaras (chá) de caldo de legumes ou de frango
1 limão (casca ralada e suco)
1 ramo de hortelã picado
1/2 xícara (chá) de iogurte natural desnatado
Sal e pimenta
Folhas de hortelã
Modo de fazer
Refogue a cebola no azeite até ficar macia e transparente.
Junte o pepino picado, o caldo, o limão e as raspas da casca e a hortelã.
Assim que levantar fervura, baixe o fogo e deixe cozinhar com a panela semi tampada por 20 minutos.
Desligue o fogo, deixe esfriar um pouco e em seguida bata no liquidificador juntando o iogurte.
Espere esfriar para servir, temperada com sal e pimenta e enfeitada com pepino e hortelã ou com uma rodelinha de limão.