Como todo barista, sou curiosa. E gosto de começar as coisas pelo começo – ou seja, pela história. Nessa coluna iremos falar muito de café: origem, preparo, variedades e espécies, preconceitos e tendências. E já lembro que: café é planta!
Usamos o termo “café” para designar a bebida; a cafeteria e também a planta que dá o fruto do qual consumimos a semente torrada e moída.
Muito do sabor do café é resultado direto da qualidade de cultivo dessa planta e das suas sementes.
Por isso, nesse primeiro encontro quero contar um pouco sobre a origem da planta do café:
A maior parte do café que consumimos é da espécie Arábica ou coffea arabica (fala-se “coféa arábica”). Essa espécie foi encontrada nas montanhas da Etiópia e tem registros da sua origem em documentos a partir do século VI no Iêmen. Esses escritos contam a lenda de Kaldi: um pastor que teria observado suas cabras tornarem-se mais animadas e dispostas depois do consumo de uma pequena fruta vermelha, o café.
Durante muitos anos o café foi consumido como fruta, macerado como uma pasta, diluído em água ou tendo suas folhas mastigadas. A cafeína, como estimulante, contribuía para a vigília dos monges e religiosos. Foi só depois do século XIV é que começamos a torrar as sementes do café e a prepará-las em métodos de infusão.
O café arábica foi então cultivado fora da África pela primeira vez pelos iemenitas. As plantações em terraços faziam parte de uma atividade agrícola secundária. A partir da expansão do Império Otomano o café passa a ser comercializado em portos além do oriente, chegando primeiro em Constantinopla (atual Istambul) e depois no porto de Veneza, de onde se espalhou para o restante da Europa.
Esse é o início da fantástica história do café, uma das bebidas mais consumidas no mundo atualmente. Você saberia dizer porquê ela se tornou tão popular?
Convido você a continuarmos juntos nessa jornada para discutirmos esses e outros assuntos. Vamos nessa?
Prepara o seu café e a gente já se vê no próximo espresso.