Nesse artigo eu quero te convencer a aposentar a sua cafeteira elétrica. Se você se sente ameaçado com essa ideia, é contra mudanças na rotina, prefere não partir para tentação, pare agora mesmo de ler esse texto.
Agora, se você é apto às novidades e curte boas práticas no seu dia a dia, vem cá, deixa eu te contar uma coisinha…
Os seis pilares do preparo do café incluem: 1. proporção café e água, 2. moagem, 3. temperatura da água para extração, 4. agitação, 5. método e 6. tempo de extração/infusão.
Quase todos os métodos de preparo de cafés filtrados aceitam ajustes em uma ou mais dessas variáveis, permitindo que você melhore a sua receita e a sua extração a depender do café.
A cafeteira elétrica não. Ela é uma senhora rabugenta que pinga a água quente no pó do café que você largou lá do dia para noite. Ou, com sorte, moeu minutos antes.
Esse pinga-pinga da cafeteira elétrica faz com que o seu café passe por um processo de extração totalmente desequilibrado. Não se permite a agitação e, portanto, o bolo do café não é totalmente umedecido ou extraído, resultando em um café que poderia ficar muuuuuito melhor em qualquer outro método com o seu controle.
Experimente: faça a sua receita de café, mas no lugar da cafeteira elétrica utilize o seu porta-filtro de café tradicional, faça o devido escaldo do porta-filtro + filtro de papel, aqueça o seu equipamento. Mexa o café durante a extração – só um pouco já é o suficiente para garantir que todo o bolo de café entre em contato com a água. E, voilá, uma xícara muito melhor extraída.
Eu sei que a cafeteira elétrica é prática. Mas é mesmo?
Ainda que a gente tenha pressa pela manhã, o café é um ritual. Eu não quero complicar aqui a sua vida. Mas quero sim que você melhore o seu café todas as manhãs.
E, para isso, fica a dica: encoste a cafeteira elétrica e pratique outros métodos. Felicidade garantida!
Crédito da imagem: Ronan Furuta para Unsplash.com