Uma das especialidades culinárias que mais gosto é a árabe. Em especial quibe de assadeira recheado.
Gosto de tudo, mas quibe, para mim, é a melhor das comidas. No meu caso, pode ser frito ou assado. Eu não gosto de quibe cru. Tenho uma certa resistência com carne crua. Dificilmente como carpaccio. Mas, quibe cru e steak tartare, esses não como nunca.
Dias atrás, eu receberia uma amiga queridíssima em casa, a Maria, e resolvi preparar uma jantinha com os preparos árabes mais comuns. Fiz homus (pasta de grão de bico), tabule (típica salada árabe feita com trigo de quibe), iogurte natural (o Silas e eu já havíamos preparado no dia anterior e estava pronto), eu tinha antepasto de berinjela já feito de manhã, e me aventurei no quibe assado.
Não foi bem uma aventura porque não era a minha primeira vez fazendo quibe. Embora minha família seja descendente de italianos, sempre teve quibe na nossa casa. Meu tio Aldemir temperava quibe divinamente. Saudades! Sempre sinto saudades dele e das comidas que ele fazia.
Quando eu morava em Bauru pra fazer faculdade, costumava comprar quibe cru já temperado no supermercado por quilo. Não sei se ainda vendem a massa pronta do quibe caseiro assim lá na cidade. Também não sei direito porque em Bauru sempre teve tanta comida árabe. Só hoje parei pra pensar nisso. Deve ter tido muitas pessoas que migraram do Oriente Médio e se fixaram naquela região no Brasil. Árabes, sírios, armênios. libaneses, turcos. Quando a gente é estudante na faculdade e mora numa cidade só pra estudar, normalmente em repúblicas ou pensionatos, não convive muito com as famílias do local, porque é um momento diferente da vida.
Mas, voltando ao quibe, eu comprava por quilo no supermercado e aí era só decidir se queria fritar ou assar. Sempre prefiro assar. Não sou muito dada a frituras. Se posso evitar, evito.
Muito bem. Agora que penso que aprendi a cozinhar, eu mesma faço a massa do quibe e invento o recheio que quero usar também.
Fiz uma experiência ao preparar o quibe assado desta vez. Usei o multiprocessador para misturar a massa, em vez de fazer à mão. O Silas não gostou da textura, porque o triguilho (o trigo de quibe) fica mais homogeneizado na massa. Ele gosta que o triguilho apareça. De qualquer forma, é uma opção.
Receita de quibe assado recheado
Tava tão empolgada, que cortei antes de fazer a foto |
Ingredientes
2 xícaras de triguilho (farinha de quibe) lavada, demolhada por 2 horas e escorrida
500 gramas de carne moída
2 dentes de alho amassados
1 cebola média picada em brunoise
1/2 xícara de folhas de hortelã picadas
2 colheres (sopa) de manteiga ou margarina (opcional)
Sal e pimenta do reino a gosto
1 fio de azeite
Recheio
Queijo muçarela fatiado
Creme de ricota
Modo de fazer
Misture todos os ingredientes até obter uma massa homogênea. Unte uma forma retangular com azeite, distribua 1/2 da massa em toda extensão da assadeira pressionando com os dedos para compactar um pouco. Sem exageros.
Coloque uma camada generosa de creme de ricota e por cima o queijo muçarela fatiado. Cubra com o restante da massa de quibe. Risque horizontalmente o quibe ainda cru para ficar bonito. Pincele um pouco de azeite e leve ao forno.
Asse por cerca de 30 minutos em temperatura média. Não é necessário pré-aquecer o forno.
Sirva logo em seguida para aproveitar o queijo derretido.
Opções de recheio: Misturar nozes trituradas à massa é uma boa opção, assim como fazer uma camada delas como foi feito com o queijo. Também fica delicioso, rechear com verduras.
O quibe assado é uma comida saudável, embora, claro, tenha calorias que se ingeridas em excesso, engordam. Mas é uma ótima opção para levar a uma festa ou a um piquenique.
Uma boa vantagem do quibe é que pode ser congelado. Só que, de preferência, sem o queijo. Para descongelar é só retirar no freezer, colocar numa assadeira e levar ao forno convencional. No microondas não dá certo.
Se quiser, eu posso fazer porções para você levar e congelar. Basta encomendar.
Homus |
Tabule |
Antepasto de berinjela (caponata) |
No nosso jantar teve ainda uma cervejinha especial, boas conversas sobre a viagem da Maria à Índia e ao Butão e sobre a nossa expectativa do que vamos ver em Cuba. Em breve, viajaremos para a terra de Fidel Castro. Não vejo a hora!
Beijinhos.