Você é daquelas pessoas que ama chocolate e, diante dele, não resiste à tentação? Acha que vale a pena cometer um pecadinho da gula mesmo que seja pra depois ter que aumentar a carga de exercícios físicos a fim de evitar que disparem os ponteiros da balança?
Pois saiba que você não está sozinho. Quase todo mundo se derrete por um chocolate.
Em janeiro deste ano (2018), o jornal Valor Econômico publicou numa matéria uma previsão feita pela consultoria Euromonitor para o setor que estimava um aumento de 7,9% das vendas sazonais do produto. Na mesma notícia, havia a informação de que a Cacau Show (empresa brasileira de maior participação de mercado, com cerca de 11% do total das vendas no Brasil ) previa aumento de 20% na receita e 14% no volume de vendas.
Notícias, portanto, otimistas para um setor que faz tanta gente feliz.
O lado escuro do chocolate
Mas, para além da felicidade que nos traz a degustação de um bombom e da nossa preocupação com a balança e a silhueta, a produção de chocolate, cuja matéria-prima é o cacau, tem um outro lado sobre o qual é preciso refletir.
Em 2012, o jornalista dinamarquês, Miki Mistrati, que investigou a fundo a questão da produção do cacau na África alicerçada em trabalho infantil e escravo, lançou o documentário O lado negro do chocolate.
De lá pra cá, muita coisa pode ter melhorado, ou não!
O que nós, do Minestrone, sabemos, é que documentários como esse precisam ser vistos por todos os que se preocupam com a origem da comida, neste caso, o chocolate.
Como o filme foi feito em 2012 e tem caráter jornalístico, precisaríamos apurar se houve alguma mudança nesse cenário. Mas, mesmo que o problema tenha sido solucionado (o que não sabemos se foi) é preciso permanecer o alerta.
Quando se trata de trabalho infantil e análogo à escravidão todos precisamos tomar uma posição. Como consumidores, temos força frente a isso. É nosso dever contribuir para erradicar definitivamente o trabalho dessa natureza da face da terra. Vale a pena ver e tirar suas próprias conclusões e comprar aquilo que conhecemos direitinho a procedência.
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